segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A busca por uma vida mais organizada – Parte IV – Da organização propriamente dita



Este texto tem quatro partes. Esta é a última. Aqui estão as partes I, II e III.
 
Agora começa a parte difícil: colocar em prática! Pra ajudar, fiz um esquema de horários para o Apolo nas férias. Não se trata de ter uma rotina rígida, engessada, essa é a última coisa que quero. A ideia é que ele possa ter uma expectativa do que vai acontecer em cada parte do dia, quando pode fazer barulho, requisitar mais a minha atenção, e quando é horário de acalmar. Pra que ele não se frustre de eu não estar disponível e saiba que teremos nossos momentos.


A programação de férias ficou assim:

7h - 9h: "quiet time"
Quer dizer, trocar de roupa e tomar café-da-manhã pra começar bem o dia, e depois disso brincar um pouco em brincadeiras mais calmas, sem barulho e sem esperar que eu possa dar tanta atenção (bom, aquela coisa, louça, roupa, etc, e se possível um tempo pra mim). Nesse horário coloquei como sugestão brincar de massinha, desenhar, ler, brincar com brinquedos no quarto. Ele decide, claro.


A busca por uma vida mais organizada – Parte III – Das minhas Metas


Este texto tem quatro partes. Esta é a terceira. Aqui estão as partes I, II e IV.


Sabe a velha história de "ano novo, vida nova"? Mais ou menos isso...
 

Embora não acredite em "resoluções de ano novo", acredito que toda mudança tem um começo. Eu já estou cansada desse ciclo que tanto se arrasta, já tenho buscado soluções há tempos e lido muito a respeito. Agora, com a virada do ano, vi muita gente escrevendo idéias de organização, mudança, objetivos: colocar tudo no papel. Pode ser bobagem, é claro, repito que o papel aceita tudo que nele for escrito. Mas talvez tomando como metas algumas coisas simples, objetivas, claras e factíveis, isso possa realmente ajudar. Podem notar que escrevo "possa", detestaria voltar aqui em alguns meses e ler "resoluções" não cumpridas, do tipo "a partir de hoje, vou a, b, c, d". Até porque já me conheço de outros carnavais. Quando estava grávida (santa ingenuidade), fiz uma lista de horários de mamadas, sonecas e passeios até os seis meses de idade e outra pra depois dos seis meses. Não conhecia ainda o conceito de amamentação em livre demanda e, acho que como toda mãe de primeira viagem, achava que o bebê seria como um boneco ou uma extensão de mim, que dorme, acorda, mama na hora que queremos. Até hoje quando releio essas anotações rio da minha ingenuidade e ignorância.

Enfim, não quero escrever resoluções absolutas como se declarasse que "o sol vai nascer amanhã". Quero ter metas. E sei que não vou cumprir tudo de uma vez. Então juntando alguns conselhos que li (não dados diretamente a mim), o mais importante sendo da Anna Gallafrio, mas com ideias de outros lugares, resolvi colocar no papel. O que eu quero fazer? Quando? Como vou fazer pra isso acontecer? Comecei a estruturar isso dois dias atrás, mas só agora consegui sentar para escrever um texto a respeito. Além disso, tenho lido bastante sobre educação infantil, homeschooling, unschooling (assunto pra outro post) e contato entre pais e filhos. Minha ideia não é tirar o filho da escola, mas tirar as regras escolares da minha cabeça. Menos "presta atenção, senta direito, faz assim, faz assado" e mais espontaneidade, brincadeiras não-direcionadas, contato e conexão. Enquanto estiver com meu filho, na rua e em casa, quero poder realmente estar com ele, por mais difícil que isso seja pra todos nós, adultos. Simplesmente estar junto, sem relógio, computador, celular, conversas paralelas ou cabeça na lista de compras. Li um pouco do Conexão Pais e Filhos, um pouco do Tudo Sobre Minha Mãe e um pouco do Simple Homeschool. Estou tentando adaptar tudo isso à minha realidade e às minhas expectativas.

Então finalmente, o motivo pelo qual escrevi esse texto: minhas idéias de mudança.

Comecei fazendo uma lista das coisas que quero fazer em 2014:


Com o Apolo:
- brincar +
- ter horários + organizados
- melhorar a alimentação
- + passeios
- + ajuda na organização da casa (sim, tem que aprender cedo, eu não aprendi)

Comigo:
- me alimentar melhor
- organização do tempo
- organização da casa
- exercício (sedentária total no momento, nenhuma tentativa perdura)
- ler: lazer (quer dizer ler livros, aqueles que sempre quis e nunca li)
- escrever: blog
- escrever: projetos (aqui uma questão pessoal/profissional)
- menos computador
- mais contato com amigos

A busca por uma vida mais organizada – Parte II – Do que eu quero fazer e não consigo, apesar do que já fiz

Este texto tem quatro partes. Esta é a segunda. Aqui estão as partes I, III e IV.


Quero que meu filho tenha tempo de brincar no pátio (ou jardim? quintal?) e quero acompanhá-lo quando possível. Quero em alguns dias poder visitar amigos ou ir à natação e chegar em casa sem pressa. Quero arrumar a janta cedo, quero ter tempo de falar sobre como foi o dia na escola, quero faz
er o tema-de-casa com ele (geralmente é um livro pra ler e discutir), quero que ele possa tomar banho e se vestir com calma, sentar à mesa juntos, e não que ele precise jantar sozinho enquanto eu arrumo algo. Quero poder ler uma história na hora de dormir e discutir com calma sobre o livro ou sobre qualquer outra coisa, sem precisar falar "nós já lemos, agora fica quieto pra dormir". E quero tudo isso de uma forma que ele vá pra cama cedo (tipo 20h), pra no outro dia acordar descansado às 7h pra começar tudo outra vez sem pressa.


 

E uma vez que ele durma, quero fazer algo produtivo pra mim. Escrever para o blog (deixo às moscas), ler um livro, artigos, escrever projetos, aprender sobre coisas novas. Trocar e-mails e mensagens com amigos. Ver um filme. E quero também dormir cedo pra não acordar moída no outro dia. E eu não consigo!!!!!

Morro de inveja (invejinha boa) das pessoas que são organizadas por natureza. Como conseguem conviver com seus filhos, aproveitar os seus  filhos (sem gritaria por causa de horários, com atividades diversas como eu descrevi), arrumar a casa e a comida, comer, tomar banho, etc... e colocar o filho na cama às 20h?? Como essas pessoas maravilhosas e ocupadíssimas cujos blogs eu leio têm tempo pra blogar? Sejam elas mães em tempo integral, trabalhadoras em tempo integral (sem filhos) ou daquelas que fazem malabarismo pra cuidar das duas coisas?

A busca por uma vida mais organizada – Parte I – Da minha desorganização


Estou "parindo" esse texto há uma semana, e ficou tão grande que dividi em quatro partes.
Essa é a primeira, depois tem as partes II, III e IV.
Como a desordem me faz sentir
 

Só pra deixar claro que essa foto não é da minha casa! ;) Não chega a esse ponto, hehehe... essa foto é do museu aqui pertinho. Minha questão da desorganização também inclui a casa, mas o principal é o tempo.

Quem conviveu de perto comigo provavelmente já notou (e possivelmente já se irritou e talvez mesmo não perdoe) o fato de que eu sou muito desorganizada, principalmente quando se trata de tempo.


Claro, tem a questão da procrastinação, deixar tudo pra depois. Na escola e na faculdade eu não costumava ter os trabalhos prontos muito antes de entregar. Muitas vezes começava, organizava, fazia um rascunho. Mas a famosa pressão dos prazos é que me ajudava a sentar e enfiar a cabeça no trabalho mais profundamente. Mas não é só a procrastinação.

Desde pequena eu sempre fui "lerda". Sem nenhuma orientação pra isso, sempre mastiguei 23653 vezes antes de engolir uma garfada. Inúmeras vezes os outros estão terminando a refeição e eu mal comecei (eu chegava a ficar constrangida com as pessoas me olhando, esperando eu terminar hahaha). Minha mãe sempre disse que comigo não havia paciência nem tempo que bastasse. Sempre mil perguntas, mil explicações pra contar uma história, muita calma pra tudo. Enfim, acho que sou assim até hoje e isso em parte é bom (ser calma, não me estresso por pouco), mas sem dúvida em parte é ruim.